sábado, 4 de maio de 2013

59 - USP: maioria é das escolas particulares


Quase 70% dos aprovados na USP são egressos de escolas particulares

Entre os matriculados, 79,1% se autodeclaram brancos. Negros são 2,2%

Quase 70% dos calouros que ingressaram na Universidade de São Paulo (USP) em 2013 cursaram o ensino médio em escolas particulares. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), responsável pelo processo seletivo da USP e da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. O índice é um contraponto à realidade educacional brasileira, em que 87,2% dos alunos no ensino médio estão em escolas públicas (Pnad 2011).

Aqueles que passaram nas duas fases do vestibular e se matricularam até a última chamada também são majoritariamente autodeclarados brancos, somando 79,1%. Os pardos representam 10,9%, enquanto os amarelos são 7,6%, os negros, 2,2% e os indígenas, 0,2%. Chama a atenção o fato de que nenhum candidato autodeclarado negro foi aprovado nos três cursos mais concorridos da universidade – medicina, engenharia civil em São Carlos e publicidade e propaganda.

Ainda segundo a pesquisa, 81,7% dos calouros de medicina são egressos da rede particular de ensino. E, enquanto pouco mais da metade do total de aprovados na USP tem renda familiar mensal de até sete salários mínimos (4.354 reais), 54% dos matriculados em medicina recebem renda superior a dez salários mínimos (6.220 reais). Desses, quase metade (23,7%) possui renda que ultrapassa vinte salários mínimos (12.440 reais). Além disso, os dados mostram que o candidato de medicina faz, em média, um ano de cursinho até ser aprovado.

Candidatos – Entre os que se inscreveram para participar do vestibular da Fuvest 2013, 59,5% tinham cursado o ensino médio completo em escolas particulares e 35,2%, em escolas públicas. Do total, 75,6% se autodeclararam brancos – maioria seguida pelos pardos (14,8%), amarelos (5,3%), negros (4,1%) e indígenas (0,2%).

                                                                                                                        Veja, 3 de maio de 2013

 

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