domingo, 26 de maio de 2013

61 - Possíveis temas do ENEM 2013

Pessoal, segue um link da revista Veja que trata dos possíveis temas de atualidades que podem cair no ENEM 2013.

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/temas-da-atualidade-que-podem-cair-no-enem-e-vestibulares-2013-2014

sábado, 4 de maio de 2013

60 - A maçonaria


 
A maçonaria nunca escondeu sua existência nem os seus objetivos. Surgida na Escócia do século XVII e rapidamente transferida para a Inglaterra, ela se definiu desde o início como uma ordem essencialmente filosófica e filantrópica. Pela difusão de um ensinamento esotérico, sem dogmas, o objetivo declarado do grupo é contribuir para o progresso da humanidade, e seus membros são encorajados a praticar o bem ao próximo e a promover a melhoria espiritual e moral.

Os ramos da ordem que se ligam às corporações de pedreiros têm, de fato, lendas de origem que remontam ao Templo de Salomão, às pirâmides do Egito ou aos construtores de catedrais da Idade Média. Todavia, em pouco tempo esses grupos deixaram de ter ligação com a profissão de pedreiro e passaram a agregar, principalmente, artesãos e pequenos comerciantes. Estruturados em Londres e organizados em “obediências” ou “grandes lojas” (agrupamentos de várias lojas), esses locais mais se pareciam com as sociedades fraternas de beneficência e ajuda mútua do período. Esse também foi o momento em que nasceu a maçonaria “especulativa” ou “filosófica”, que se espalhou pela Europa e por suas colônias. A Grande Loja Francesa, por exemplo, foi criada em 1738 e abrigou muitos burgueses, filósofos e escritores como Goethe ou Voltaire.

A reputação de “sociedade secreta” veio por causa dos inúmeros rituais que foram sendo criados com o tempo. Eles não estão escritos em lugar nenhum e consistem em senhas de reconhecimento mútuo e, sobretudo, em uma série de provas de iniciação: depois de se tornar irmão ou irmã, o “aprendiz” não deve mais falar, para poder se impregnar do saber dos mais velhos; em seguida, ele pode se tornar um “companheiro” e, finalmente, ascender ao nível de “mestria”.


Desde sua criação, a maçonaria enfrenta uma série de oposições políticas e religiosas que nunca deixaram de estigmatizá-la e desacreditá-la. Apesar de inúmeras lojas serem de inspiração cristã, a Igreja decidiu que os maçons difundiam o relativismo religioso e divulgou inúmeras bulas papais que chegaram ao ponto de ameaçá-los de excomunhão.

No campo da política, as monarquias do século XVIII lutaram contra as exigências por mais liberdade e igualdade professadas por vários dos membros da ordem. Os marxistas, por sua vez, condenaram o que consideravam um movimento burguês, e o Partido Comunista Francês chegou a pedir aos seus adeptos que deixassem de frequentar as lojas. Os grupos de extrema direita e antissemitas também embarcaram nessa onda de hostilidade: os nazistas, por exemplo, mataram entre 80 mil e 200 mil maçons franceses durante a ocupação do país, além de ordenar a deportação dos demais.

Atualmente, a maçonaria é vista como uma ampla rede social, conduzida pelos interesses de seus membros e sujeita, portanto, a favorecimentos, conflitos e práticas duvidosas. Discreta, mas não secreta, a ordem cada vez mais se livra do estigma de “obscuridade”, e até membros de governos em todo o mundo já encontraram espaço para revelar publicamente que pertencem ao grupo.

                                                                     Olivier Tosseri in Revista História Viva

http://www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/a_maconaria_e_uma_sociedade_secreta__falso_.html

59 - USP: maioria é das escolas particulares


Quase 70% dos aprovados na USP são egressos de escolas particulares

Entre os matriculados, 79,1% se autodeclaram brancos. Negros são 2,2%

Quase 70% dos calouros que ingressaram na Universidade de São Paulo (USP) em 2013 cursaram o ensino médio em escolas particulares. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), responsável pelo processo seletivo da USP e da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. O índice é um contraponto à realidade educacional brasileira, em que 87,2% dos alunos no ensino médio estão em escolas públicas (Pnad 2011).

Aqueles que passaram nas duas fases do vestibular e se matricularam até a última chamada também são majoritariamente autodeclarados brancos, somando 79,1%. Os pardos representam 10,9%, enquanto os amarelos são 7,6%, os negros, 2,2% e os indígenas, 0,2%. Chama a atenção o fato de que nenhum candidato autodeclarado negro foi aprovado nos três cursos mais concorridos da universidade – medicina, engenharia civil em São Carlos e publicidade e propaganda.

Ainda segundo a pesquisa, 81,7% dos calouros de medicina são egressos da rede particular de ensino. E, enquanto pouco mais da metade do total de aprovados na USP tem renda familiar mensal de até sete salários mínimos (4.354 reais), 54% dos matriculados em medicina recebem renda superior a dez salários mínimos (6.220 reais). Desses, quase metade (23,7%) possui renda que ultrapassa vinte salários mínimos (12.440 reais). Além disso, os dados mostram que o candidato de medicina faz, em média, um ano de cursinho até ser aprovado.

Candidatos – Entre os que se inscreveram para participar do vestibular da Fuvest 2013, 59,5% tinham cursado o ensino médio completo em escolas particulares e 35,2%, em escolas públicas. Do total, 75,6% se autodeclararam brancos – maioria seguida pelos pardos (14,8%), amarelos (5,3%), negros (4,1%) e indígenas (0,2%).

                                                                                                                        Veja, 3 de maio de 2013